LONGE ADOLESCÊNCIA
 
Eram verdes ainda os sonhos...
As palavras desprendidas na timidez...
As noites febris de desejos desconhecidos...
A languidez das pálpebras aurora adentro,
travestida de pensamentos aveludados
em suas fímbrias de inocência...
Ah! Era apenas uma súdita de sonhos,
amante de estrelas cadentes
a cair num vazio ainda sem vírgulas e porquês.
 
Eram verdes ainda as ilusões...
As colheitas outonais longes...
A taça da saudade apenas um olor desconhecido
misturando-se à alfazema do colo alvo
e o bordado vago de um coração numa folha branca,
a bater solitário e morno...
Ah! Se por um instante o tempo voltasse
brando e casto para rever-te ó menina...
Juro... tomaria um pouco de ti...
 
 

( Imagem google- poema em alusão a minha própria e longe adolescência)