SAUDADE É ASSIM (Poema para Basilissa n. 2.058)
(Sócrates Di Lima)
Saudade é como ver o mar,
Lá distante, frente ao meu amor,
Sentindo a brisa roçar,
Como se recebendo o sopro do meu calor.
Como se chamando para olhar,
O horizonte e o coração,
Um olhar perdido na curva do mar,
Numa tarde serena como uma canção.
Saudade é assim,
Como escrever na areia,
Uma palavra de amor sem fim,
Saudade correndo na veia.
Saudade é como amanhecer o dia,
Olhar pela janela da vida,
E ver além da poesia,
O olhar sorridente da mulher querida.
Saudade é pensar na mulher amada,
Desde o doce amanhecer,
E seguir o outro dia, além da madrugada,
Como se fosse um alimento para viver.
É minha saudade de Basilissa,
Embora, ela esteja numa distância não profunda,
Mas, faz a saudade ser como areia movediça,
Quando mais de move nela, mais se afunda.
Saudade é a minha,
Que penso em Basilissa toda hora,
Saudade é ela, minha véinha,
Que esbanja sorriso, de dentro para fora.
Saudade...saudade..saudade...
Que não quer que dela eu morra...
Mas, sua ausência como um tsunami me invade,
E me arrasta para esta saudade da "porra".