No marulhar da tarde
Me fiz poeta e amante
Das cores e das mares
Sob arrebatamento...
Ao pisar leve...
Na areia fina
Da praia...
Que arde sob os meus pés
De menino... e homem,
Que se despe,
Desencantado.
Do tempo e da saudade
Que sorrateiro - invade
Minha Varanda... acesa
Abandonada.
E, molha minha solitude...
De ti, bem aqui,
Fora de mim!
No vai e vem... ondejante
Espraiante...
Na indelével - certeza,
Que Tu, Vives Sem Mim.
Num chiste de desencanto
Que quase espanto,
Ao ouvir o teu chamado
Nos ventos cortantes,
Uivantes... Da memória...
Que se abre,
E, fecha...
Silenciosamente...
Os olhos
Marejados...
Da tua pele
Do teu corpo
Da tua alma
Que espalma
Longe de mim...
Marulhante...
Ondeante...
Sem Ti.