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Saudades

Amanhã de manhã
Assim que o dia clarear
Eu vou viajar
Pra bem longe daqui
Eu estou precisando
De ar puro pra respirar
Lá espero encontrar
O que eu não tenho aqui

Talvez um pedacinho de terra
Lá nos confins do sertão
De ao meu coração
A paz que estou precisando
Quero ver o clarão da lua
Ver a noite chegar de mansinho
Ouvir o canto dos passarinhos
O fim do dia anunciando

No velho e manso regato
Eu quero meu corpo banhar
Eu quero de joelhos beijar
O solo a onde nasci
Matar de vez a saudade
Que está acabando comigo
Ela é o meu pior inimigo
Por isso, eu tenho que partir.

Minhas tralhas estão prontas
Lá na velha estação
O trem que vai pro sertão
Não demora a chegar
Lá longe o seu apito
Avisa que já está vindo
Adeus cidade eu estou indo
Pra nunca mais voltar!


Pelotas: 28 / 07 / 2012