QUANDO ABRO MEUS OLHOS

QUANDO ABRO MEUS OLHOS

Quando abro meus olhos

Tento pregar uma peça em mim mesmo

Pois quando eu os fechei,

A minha vontade era,

Que quando eu os abrisse

Você estaria à minha frente.

Porque você sumiu dos meus olhos

E ficou na minha lembrança?

Quando fecho meus olhos,

Imagino-a sempre diante de mim.

Quando abro meus olhos,

Vejo o mar, a praia,

As montanhas, as flores...

Porem de você,

Não ficou nem a impregnação da sombra.

O vento me traz sensações,

O coração me traz saudade,

Os amigos me trazem noticias,

Mas você não vem com eles.

A lei kardecista me diz

Que a lei do retorno é certa.

Mas o que faço sem você agora?

Se nada é por acaso

Qual foi o inevitável que nos separou?

Fecho meus olhos

Pois assim eu te vejo.

Caminho estradas

Viajo nos mares

Canto sonetos

Faço rimas

E caio por terra.

Como sementes no chão arado

Espero momentos de você renascer.

Como orações elevadas ao céu

Os anjos me dizem em pensamento:

- feche os olhos e creia!

Isso é um martírio para quem implora.

É uma viagem que só vejo partida

É uma espera que não me traz um nascer de sol

É uma dor que não vejo cura

É uma falta tão grande de você.

Quando fecho meus olhos

A escuridão me é favorável

Pois me perco na luz da sua saudade

E te vejo tão linda

Tão meiga,

Tão alegre,

Tão presente

Na minha ausência

Que quase chego a tocá-la.

Mas quando abro meus olhos...

Di Camargo, 16/07/2012

Di Camargo
Enviado por Di Camargo em 16/07/2012
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