Perda Momentânea da Consciência
Assobio por aí nas lembranças de nós dois, destilando canções que habita em minh'alma, comprimindo possíveis emoções perceptíveis a todos, fugindo de modelos e de peças escancaradamente românticas. Muito longe de nós mesmos, os exemplos mais nefastos, não encontro assim os acordes mais belos, aqueles que casariam com a nossa sintonia. Então, com a minha gaita me apego por aí, me teletransporto para um ingênuo paraíso da saudade, ficando, assim, mudo frente a tanta verdade camuflada pela minha idade. São tantas misturas de sentimentos, que chega devorar meu coração, emplacar, este, numa terrível ilusão de nunca me achar. Me vendo num espaço desarmônico das minhas tendências, perdendo toda a essência, descarregando toda a minha bateria de esperança, imaginando viver em um mundo diferente das minhas práticas. Porém, essas condutas já não me importa mais... Quero ir por aí, passear pela Jamaica, talvez Havaí, sei lá! Talvez nem me quero mais e eu fico aqui insistindo em meu insossego. Escrevo este pesadelo tentando preencher as entrelinhas do que não transpareci para o meu mundo. Talvez, me esqueci de completar os espaços das minhas estações. Isso explica muita coisa da minha trajetória, me ajuda a esconder as minhas estórias. Firmo, então, os meus passos por aqui. Você poderia estar aqui comigo, não é mesmo? Poderíamos fugir, sim, se você quisesse! Talvez com o seu amor eu não me questionaria tanto assim, mas o que fazer quando não estamos no mesmo embalo da noite? Tentar ser feliz com essa sorte miseravelmente ofertada.