Saudades de Mnha Terra
Quando as estrelas lá do céu brilham
É quando os grãos de areia da praia,
Par em par, exortam os sentidos e trilham,
Levando a beleza rumo a minha raia.
Quando o raio celeste banha o campo
Sinto o riso e o vôo no meu pranto!
Na rota do astro que canta ao amanhecer
Pássaros prateados cortam nuvens matinais
Levando à distância quem só quer conhecer
Estrelas e areias que se dizem tão iguais.
Pois, quando beleza e formosura espantam,
Elas se fazem doiradas e a todos encantam.
Adeus minha doce esperança! Adeus!
Tenho saudades da terra que tanto amo
Embora eu me fizesse cego e sem rumo
Fiz-me saudoso dos cantinhos teus
Sumi pela rota da areia brilhante, mas clamo
Pelo suntuoso mar azul do estimado plano,
Que me fica longe dos próximos, no adeus!
Vim embora pra bem longe, vim correndo
Conhecer o velho mundo; terra de camafeus
Aqui vejo estrelas, areias e irmãos morrendo
Pois aqui jazem aqueles que me descobriram;
Não me fizeram de escravo, mas sumiram!
Agora que eu poso voar bem longe, sem asas;
Posso conhecer a ira, que no meu destino
Fez moradas, pôs mordaças e fez casas...
Já não sou índio, o Macunaíma, infante sem tino;
Sou o menino de praia, sou um ser estelar:
Sou povo; sou o brasileiro que quer voar!
Quando as estrelas lá do céu brilham
É quando os grãos de areia da praia,
Par em par, exortam os sentidos e trilham,
Levando a beleza rumo a minha raia.
Quando o raio celeste banha o campo
Sinto o riso e o vôo no meu pranto!
Na rota do astro que canta ao amanhecer
Pássaros prateados cortam nuvens matinais
Levando à distância quem só quer conhecer
Estrelas e areias que se dizem tão iguais.
Pois, quando beleza e formosura espantam,
Elas se fazem doiradas e a todos encantam.
Adeus minha doce esperança! Adeus!
Tenho saudades da terra que tanto amo
Embora eu me fizesse cego e sem rumo
Fiz-me saudoso dos cantinhos teus
Sumi pela rota da areia brilhante, mas clamo
Pelo suntuoso mar azul do estimado plano,
Que me fica longe dos próximos, no adeus!
Vim embora pra bem longe, vim correndo
Conhecer o velho mundo; terra de camafeus
Aqui vejo estrelas, areias e irmãos morrendo
Pois aqui jazem aqueles que me descobriram;
Não me fizeram de escravo, mas sumiram!
Agora que eu poso voar bem longe, sem asas;
Posso conhecer a ira, que no meu destino
Fez moradas, pôs mordaças e fez casas...
Já não sou índio, o Macunaíma, infante sem tino;
Sou o menino de praia, sou um ser estelar:
Sou povo; sou o brasileiro que quer voar!