Aos pupilos

Uma saudade incômoda,

algo como "até breve",

como definir uma dor frondosa,

feito neve em coração quente!

Os meus pupilos,

os que conquistei, meus...

entre puxões-de-orelha e sorrisos,

entre dúvidas e vitórias, tentei...

Tentei abrilhantar os olhos,

partilhar os ensinamentos,

quanto ainda não fiz! Choro.

Tenho direito de romper esses sentimentos?

Eu não os abandonei, Deus.

Não os fiz desprezados na partida...

Fiz-os pupilos meus,

em cada palavras proferida.

E agora o papel é branco,

a despedida forçada, certa partida...

fui ingrata com quem tanto me acolheu,

nem tempo tive de saudá-los, Deus!

O que fazer, Senhor?

Sou apenas o coração que parte,

com sua saudade sem corte,

arte, desesperadora e triste!

Mais ao eu coração...

mais ao meu afeto,

peço-vos Deus, abençoe-os então,

fazendo-me alicerce, concreto!

Preciso continuar ensinando,

aprendendo a sorrir novamente,

mais aprendendo, muito mais

enquanto forças minhas houver!

E, na despedida,

como outrora dos meus mestres despedi,

fca a benção divina, uma imagem na mente,

nada perdi, se os trago eternamente...

roxie
Enviado por roxie em 24/03/2012
Código do texto: T3573631
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