CASAS CAIADAS
Casas caiadas bem branquinhas
Com árvores de damas da noite
Floreiras de hortênsias nas janelas
Tranquilidade numa vida sem açoite
As ruas de terra batida só poeiras
Como era lindo um dia de sol lá !
Na entrada para o jardim, roseiras
Subúrbio da cidade, bairro simples
A venda da esquina tinha de tudo
A quitanda ao lado era do japonês
Com horta no quintal dando fruto
No domingo ía-se sem falta à missa
Roupa separada para o dia, impecável
Quinta feira o padre aparecia em casa
Almoço com sua presença indispensável
Essa era a rua e a casa dos meus avós
Tudo tão simples, tão limpo e tão bom
Vivia-se mais livre uma vida sem nós
Livres da violência, uma vida no tom