Como a primeira vez
A ausência de qualquer coisa tua me deixa assim
Meio talvez, meio sem sim
De certo, apenas incerto
Ausência de sorriso, da dúvida e incerteza da hora certa
Eu nunca soube a hora certa com você
Tive de reaprender tudo
Reinventar meus medos, curar os teus
Tive de reconhecer caminhos, terrenos
Eu pude ser docemente paciente
Era preciso... E se amanhã você não estivesse?
Qualquer ausência de risos me lembra você
E os dias começam silenciosos demais
E terminam escondidos entre folhas rabiscadas sem som nem cor
Na estante me sobra um único instante seu
Estático... Que não vai embora
E vive a sorrir como a primeira vez