SAUDADE DA PELE
SAUDADE DA PELE
Da veludez da pele do pêssego
Sentia a sua nas costas da minha mão.
Ao contato com a minha,
Percebia a maciez da sua.
Pele de cor clara
Com pintinhas marrons,
Eram flores salpicando a terra tenra.
Os pelos claros que escondiam o aroma do corpo,
Ficavam eriçados ao sopro quente da minha boca,
Quando num contato mais intimo,
A língua sentia a mata viva.
Toda a pele era um convite ao toque,
Todo toque te despertava.
Quando os olhos delatavam a aproximação
Te deixando mais minha namorada,
Quando o sussurro te fazia um convite
Eu tinha que atender a carência carente
Num banquete de mil iguarias.
Que saudade da sua pele...
Di Camargo, 10/10/2011