pacto com a saudade
escrevo muito porque minto,
porque sinto,
porque acho que estou faminto
por nada ter a dizer,
além de me convencer
de que preciso respirar
de que não é preciso falar
e, que fará, entender
o que é preciso é saber
que os nobres se enganarão
com o fim que os pobres terão
em Teerã ou em Salvador
que nada demais tem valor
enquanto a saudade existir...