VERSEJAR
Eri Pava
Quando o poeta se recolhe a escrever
Sempre o faz pelos ditames do coração;
Oculta, na câmara luminosa do seu ser,
Encontra-se o flash da divina intuição.
Em versos, vai desnudando a realidade,
Pela interpretação que sua mente alcança,
Mas a sábia compreensão, em verdade,
É da alma, na sua sabedoria e pujança.
Há que por nos versos, mente e coração,
Há que unir conhecimento e sabedoria;
Ao cuidar desta interdependência e relação
Não há quem não encontre neles poesia!
Fazer versos, não é simplesmente versejar
Descomprometidamente como diz o cético,
Pois ser versejador não implica em aceitar
Que seus versos não tem nenhum valor poético.
Natal/RN – Em 04. 09. 2011