SAUDADE DE SAUDADE
Adentrando à noite dolente
Deste mundo obscuro ignavo
Eu assisto inerte e demente
O vazio troçando deste travo.
Pois a sorte me abandonava
Pelos dedos de mim se esvaía
E minh´alma rendida escrava
Da paixão que me possuía.
Uma mensagem ali esquecida
A espera do retorno em vão,
Jamais tal mensagem foi lida
Dos apelos de um coração.
E quando a brisa me acalentara
Fria do orvalho mais puro
Deixando a noite de ser clara
No momento tangível do escuro.
O coração de lembrança palpita
Ouve um nome que traz a saudade,
Dentro dele como o mar se agita,
Na solidão de sua privacidade.
Saudade de saudade canta
Desejosa de amar um amor,
Do olhar que de bem lhe encanta,
Do prazer de colher uma flor.
(YEHORAM)