Janelas inertes
Tiraste o brilho dos meus olhos
como a noite escurece o dia,
de forma bestial e inesperada,
deixando-me à mercê da ledice.
Foste levado dos meus olhos
substituído pelo vazio que restou
olhos secos, mutilados e sem vida
imagem triste que em mim ficou.
Gritei, implorei aos teus olhos
para que eles pudessem ouvir
o que os meus queriam dizer
ficando eu assim a sorrir.
Te recusaste ao lamento ouvir
fechaste tuas janelas inertes
derramaste teu choro em mim
me deste espinhos dormentes.
Afogaste-me com o pranto teu
nadei nas promessas molhadas,
negaste-me os sentimento teus
mendiguei por tua vida gelada.