Janelas inertes

Tiraste o brilho dos meus olhos

como a noite escurece o dia,

de forma bestial e inesperada,

deixando-me à mercê da ledice.

Foste levado dos meus olhos

substituído pelo vazio que restou

olhos secos, mutilados e sem vida

imagem triste que em mim ficou.

Gritei, implorei aos teus olhos

para que eles pudessem ouvir

o que os meus queriam dizer

ficando eu assim a sorrir.

Te recusaste ao lamento ouvir

fechaste tuas janelas inertes

derramaste teu choro em mim

me deste espinhos dormentes.

Afogaste-me com o pranto teu

nadei nas promessas molhadas,

negaste-me os sentimento teus

mendiguei por tua vida gelada.

Sillino Vitalle
Enviado por Sillino Vitalle em 18/07/2011
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