A alma

Na tardança das horas,

que passam depressa

uma alma chora

no novo dia que começa

A alvorada aponta no céu

iluminando o mundo, onde tudo era treva

a manhã rasga o véu que a noite teceu

mas logo tudo recomeça

Correndo entre os dias

que o tempo o obriga

em sua vida vazia

tudo é apenas nostalgia

Sonha com um passado

que não o terá nunca mais

um mundo bonito

com esperança e paz

O futuro tão proximo

só há dor e escuridão

o abismo logo a frente

ninguém nota não

Sua alma cansada

Segue como um robô

imitando tantos outros

cegamente e com ardor

Um dia tudo isso há de findar

Só espero que antes disso

um desatino o faça despertar

Queila Dias
Enviado por Queila Dias em 02/05/2011
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T2943795
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