E que não nos mate a saudade!
Como bijuteria em fina matéria esculpida,
Tracejando imagens irredutíveis e cabíveis;
Ideais forjados como relógios em oposto com o tempo,
Fazendo do tic tac o vil passear de horas a fio;
Diante de pálpebras serenando me revejo em meus contornos
Em traços nobres, detalhes que enfraquecem as vistas de alguns
E tantos, e todos como insanos e astutos;
Tinteiro brincando de fazer borrões
Chamam-nos de arte e os fazem parecer arte e em versos;
Uns dizem-lhe de rabiscos
Outros de devaneios;
Do que se tratar a vida, lá vou buscar contrastes;
De tanto sonhar em explicar os fatos
Acabei perecendo de algumas tantas e boas extravagâncias da vida
De agora pra frente vou fazer borrões de vida com cheiro de saudade!