O AMOR É LONGANIMIDADE!
O tempo embriagado de mim faz crítica da sua falta!
Tudo está sem nexo e até o silêncio grita no desespero da dor!
Fagulhas enfeitiçadas de lembranças surgem sangrando os meus olhos!
Nada nasce para aliviar esta leveza do meu peso mediante à solidão!
As estrelas tecem uma infinitude de pontos, mas elas não possuem a mestria de enfileirar os meus ais!
Vasculho a minha ausência e sinto que as entrelinhas contam histórias de um sopro que aguça a saudade!
Os olhos não conseguem conter o incontido!
Ácido descendo a face e tecendo a hora!... desesperadas filhas do meu silêncio que causam um aperto sem fim!
Escorço de um peito que tange uma inenarrável presença ausente!
Sigo entre um e outro passo,
mas sem pressa embora saiba que depressa a embriaguez
do meu algoz me furtará outra lembrança sua!
©Balsa Melo
20.02.11
21h07min.
Uberaba - MG
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