Da Sacada
Da sacada posso ver o mundo.
Contemplo a paisagem que cerca a vida,
Ouço o gorjear dos pássaros, o ronco dos motores de tantos veículos que de lá posso avistar.
De onde vejo tantas pessoas, tantos rostos.
Vejo homens, mulheres, crianças, vejo gente.
Posso ver o mar e chego a sentir o cheiro das águas
correntes;
Vejo o horizonte e o vento que bate em meu rosto me faz flutuar.
Chego a viajar por um momento.
Este mesmo vento trás consigo a nostalgia de uma
saudade;
Enche-me o peito de esperança,
Faz-me desejar ir além do infinito, leva-me ao futuro, traz-me de volta ao passado, faz-me viver o presente.
São assim todos os dias!
Ela é um pedaço do meu mundo, onde por alguns minutos vivo e sonho também;
É onde posso me encontrar, sonhar meus sonhos, buscar
meus desejos.
E foi lá, na mesma sacada que vi tantas vezes o sol se pôr, que vejo o mesmo sol levantar-se majestosamente;
Foi lá que senti a chuva molhar minha face, que sinto o cheiro da vida.
A mesma sacada onde por tantos momentos sonhei contigo, em que o vi chegar e também o vi sumir na imensidão da cidade;
É dela que ainda o vejo,
É nela que busco o motivo para te esquecer e que cada vez mais me envolvo neste amor.