ASAS DO TEMPO
O tempo que passa
leva nas asas...
As angústias do passado
o passado das antigas esperanças...
As esperanças de um
ido feliz...
As belezas que ficaram
nas garras dos dias
que se foram...
Os brotos que se tornaram flor
e as flores que se tornaram amor...
...E os dias, que a paixão ardente
dixaram na mente
lembrança! Saudade sòmente...
Pois o amor é infinito
contrariando o tormento
das paixões que são apenas
enlevos de emoções...
Hoje o moço sente saudade
do menino...
O velho sente saudade
do moço...
A mulher da menina...
E a anciã da moça bonita
que foi a mulher...
E as asas do tempo continuam
a bater constantemente...
(Poesia que fiz em 1984 para o livro: Asas do Tempo)
Manoel Vitório