CONFRONTO
Quando a saudade acorda
O resto do mundo dorme.
E eu, deixo que ela me direcione
Sem temer a sua solidão
E nem os descaminhos
Que ela possa me fazer percorrer.
Essa saudade não me assusta
Não me desequilibra
Não me desespera
Pois sou guerreira nata
Não temo nem mesmo o sofrimento
Que ela possa me proporcionar.
Ela chega e se põe a doer
Sintoma vira patologia
Torna-se concreta, física.
Às vezes, dilacera,
Abrindo cortes profundos
Que se ocultam na alma.
Mas eu a enfrento
Encarando-a nos olhos,
Sem pestanejar
Mostro a minha força
O meu valor e não dou
O braço a torcer.
Ai ela cansa. Vai embora.
E eu fico a me lembrar de você
Sem saudade, sem sofrimento.
Saudade?
Sou eu
Buscando-te em tudo...