CONFRONTO

Quando a saudade acorda

O resto do mundo dorme.

E eu, deixo que ela me direcione

Sem temer a sua solidão

E nem os descaminhos

Que ela possa me fazer percorrer.

Essa saudade não me assusta

Não me desequilibra

Não me desespera

Pois sou guerreira nata

Não temo nem mesmo o sofrimento

Que ela possa me proporcionar.

Ela chega e se põe a doer

Sintoma vira patologia

Torna-se concreta, física.

Às vezes, dilacera,

Abrindo cortes profundos

Que se ocultam na alma.

Mas eu a enfrento

Encarando-a nos olhos,

Sem pestanejar

Mostro a minha força

O meu valor e não dou

O braço a torcer.

Ai ela cansa. Vai embora.

E eu fico a me lembrar de você

Sem saudade, sem sofrimento.

Saudade?

Sou eu

Buscando-te em tudo...

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 25/10/2010
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