O QUADRO

Olho adiante e vejo o arrebol

na linha infinita que centilha

Os pássaros dançam sua fome

entre os barcos que chegam do mar

Rabiscando de branco o céu adriático

felizes gritam ao findar o dia

Celebrando o silêncio do pintor

O vento trás o sal

Era como tocar a sua pele

Nos dias de verão

Uma lágrima batiza o passado

Daquele que ( nunca ) a esqueceu

Nas asas de Ícaro

Eu mero mortal murta

Sonho reviver

E minhas cinzas esquecer

No abissal de minhas lembranças ...

Luciano Moska
Enviado por Luciano Moska em 09/10/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2546442
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