O QUADRO
Olho adiante e vejo o arrebol
na linha infinita que centilha
Os pássaros dançam sua fome
entre os barcos que chegam do mar
Rabiscando de branco o céu adriático
felizes gritam ao findar o dia
Celebrando o silêncio do pintor
O vento trás o sal
Era como tocar a sua pele
Nos dias de verão
Uma lágrima batiza o passado
Daquele que ( nunca ) a esqueceu
Nas asas de Ícaro
Eu mero mortal murta
Sonho reviver
E minhas cinzas esquecer
No abissal de minhas lembranças ...