SAUDADE QUE CRESCE ENQUANTO LONGE ELA ESTIVER
(Sócrates Di Lima)
 
 
Distante, um olhar absorto,
Que mira o longe onde a saudade está.,
Vem acelerado pelas curvas de um momento torto,
Enviando mil saudades, maiores das que já estão lá.
 
Um olhar que corta o céu do meu olhar,
Riscado em tintas azuis que me fazem curvar,
Traz o sorriso sem graça de um distanciar,
Traz a saudade tanta no meu esperar.
 
À distância apenas o corpo separa,
Mas, os corações não tem jeito.,
Ela cria a saudade que dispara,
Quando a falta dela tatua meu peito.
 
No punho a tatuagem,
Para marcar o que já está marcado.,
É a mais bela viagem,
Do prazer de ser tatuado.
 
Quantas palavras e frases,
Que poderiam se dizer.,
Mas, a boca muda em traves,
Rebate não deixa acontecer.
 
E quando as asas de aço deixar o chão,
Há de levar e deixar saudade.,
Aquele aperto intenso no coração,
Mesmo que no tempo haja brevidade.
 
Aceno que não se faz com a mão,
Mas, com o pensamento em chama.,
Com os braços da alma em encenação,
Mostrando que ao longe o sorriso reclama.
 
Saudade que fica quando ela vai,
E que vai quando ela fica.,
A minha saudade nunca sai,
Sem ela, ainda mais se estica.
 
E quando fecho os olhos do lado de cá,
Em curto circuito a saudade explode.,
E Basilissa, do lado de lá,
A saudade pelo pescoço, sacode...
 
Um momento que não cabe no peito,
É a saudade deste homem e dessa mulher.,
Que embora breve, não tem jeito,
Cresce ainda mais, enquanto longe ela estiver.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 29/09/2010
Reeditado em 29/09/2010
Código do texto: T2527520
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