Não cessou, mas...

Cazuza dizia que o tempo não para.

Louco poeta, insano cantor.

O pior, não pior para quem,

Mas sei que é,

É que ele estava certo.

Sempre vamos e voltamos.

Somos sempre os mesmos.

A única coisa que não para é o tempo.

Faz dezoito anos que estou aqui,

Mas parece que foi ontem

Que estava na barriga da mãe,

Pensando, se assim posso dizer,

Em quem seria eu daqui a dezoito longos,

Mas rápidos, anos.

Quantas coisas mudaram:

Ontem eu não sabia o que aquilo,

Hoje, eu sei que o pronome está ai.

Outro dia eu aprendi a segurar o lápis

E, hoje, eu já sei escrever poesia.

Ontem, eu mal sabia falar.

Hoje, já falou dois idiomas.

Quanto tempo se passou realmente?

Einstein dizia que o tempo é relativo.

Sim ele é.

Para alguns, dezoito anos parece muito tempo.

Para mim?

Foi como o acorde de uma guitarra:

Foi só um instante. Foi relutante.

... Mas passou...

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 28/09/2010
Código do texto: T2526360
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.