Não cessou, mas...
Cazuza dizia que o tempo não para.
Louco poeta, insano cantor.
O pior, não pior para quem,
Mas sei que é,
É que ele estava certo.
Sempre vamos e voltamos.
Somos sempre os mesmos.
A única coisa que não para é o tempo.
Faz dezoito anos que estou aqui,
Mas parece que foi ontem
Que estava na barriga da mãe,
Pensando, se assim posso dizer,
Em quem seria eu daqui a dezoito longos,
Mas rápidos, anos.
Quantas coisas mudaram:
Ontem eu não sabia o que aquilo,
Hoje, eu sei que o pronome está ai.
Outro dia eu aprendi a segurar o lápis
E, hoje, eu já sei escrever poesia.
Ontem, eu mal sabia falar.
Hoje, já falou dois idiomas.
Quanto tempo se passou realmente?
Einstein dizia que o tempo é relativo.
Sim ele é.
Para alguns, dezoito anos parece muito tempo.
Para mim?
Foi como o acorde de uma guitarra:
Foi só um instante. Foi relutante.
... Mas passou...
"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"