SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Descortino meus pensamentos,
Abro as janelas dos meus sentimentos.,
Deixo entrar a saudade que vem com os ventos,
Trazendo sua leveza nestes momentos.
Como o sabor de algodão doce,
Sinto o cheiro da maçã.,
É como se este momento fosse,
A alma pura desta manhã.
E a saudade me pega de jeito,
Como todos os dias ela vem.,
Ela já é dona do meu peito,
Ali, ela faz moradia também.
Saudade que não tem idade,
Saudade que não tem tamanho.,
Que meu peito aceita com intensidade,
Pois, na verdade, desta saudade, apanho...
Porque a saudade existe,
É forte como meus desejos agora.,
E porquanto, esta saudade persiste,
Não me importo, não a mando embora.
É porque lá fora,
Na distância que meu amor está.,
Meu pensamento chega toda hora,
Levando esta saudade pra lá.
Saudade do derramar natural do sorriso,
Do olhar que encara olho a olho.,
Da voz suave que se confunde com seu riso,
Que de corpo e alma, acolho.
Saudade de Basilissa que me domina,
Saudade terna de um querer sem fim.,
Saudade sem tempo e hora, dessa menina,
Que traz alegria faz sonhos reais em mim.
Saudade que me descortina, no sopro da alma dela,
Deixa-me exposto no palco das minhas fantasias.,
Faz-me debruçar no parapeito da minha janela,
A espera do seu sorriso, que me traz bons dias.
E se ela me esperar na sua janela,
Como um anjo esperando seu senhor.,
Voarei junto com a saudade dela,
E a ela, levarei todo meu amor.