Alma - Veredas

sitiado na escuridão da incompreensão

ansiava pelo esclarecimento na cidade

perdido no vácuo da ausência da razão

achei um espaço irracional na saudade

minha alma vive no lamaçal das ideias

na beira do abismo gritei tantas vezes

mas o auxílio era um eco rouco na teia

da fantasia cheia do vazio dos "talvezes"

esquecido nessa penúria de um percurso

esperava explicar o silêncio da comoção

deixado à mercê desse obscuro discurso

verifiquei na sensação a minha objeção

minha alma vive no lamaçal das ideias

na beira do abismo gritei tantas vezes

mas o auxílio era um eco rouco na teia

da fantasia cheia do vazio dos talvezes

rumo a essa degradação de uma emoção

encontro nesse caminho uma lembrança

vagando na hoste do sentimento da ação

antevista pelo opróbrio dessa descrença

MarcondeSchifter
Enviado por MarcondeSchifter em 16/09/2010
Reeditado em 04/10/2022
Código do texto: T2501657
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