ENCONTRO
ENCONTRO
Das estrelas vi a realeza
Quando caíram no infinito
E na cadência majestosa
De contentamento soltei um grito
- Ó estrelas lá do céu
Luzes que me fazem sonhar
Deixem-me fazer um pedido
Ser feliz, voltar a amar
E sorrir com o simples amanhecer
Dar as mãos com a esperança
E voltar a ter dentro de mim
Aquela antiga e ingênua criança
Quero crer novamente na magia da lua
E em toda paciência de Deus
Que mesmo com todos os males
Sempre amou os filhos seus
Deix’eu crer na música do mundo
No canto autêntico da vida
Que os pássaros entoam todos os dias
P’ra dos homens curar a ferida
Fechar os olhos num ímpeto
E poder viajar, enfim
Para algum lugar do paraíso
Que ficou perdido dentro de mim
Vou chorar de alegria
Com os passos certos que darei
Pelas estradas verdadeiras
Que um dia já caminhei
E o passado, então será
Apenas um ponto perdido na escuridão
Como as estrelas cadentes
Que se perdem na imensidão
“Minhas poesias de adolescente tinham um Q de ingenuidade, mas gosto de colocá-las aqui para o público jovem, e para relembrar como nossa alma era sonhadora nessa época, de todos nós, acredito que sim...”
Escrito em 17/06/1992