Flamarion e William - alunos do Colégio Popular Oliveira Magalhães - Sta Ma. da Vitória Ba
COLEGIAIS
Eu sonho em ver outra vez teus olhos de perto, por isso insisto em sonhos lânguidos, que em um segundo me leve ao outro extremo, quando começo a sonhar; o pensamento vai e volta numa velocidade que nem a velocidade da luz acompanha, e acende lá distante, o tempo onde ficou guardado momentos infindos, como se estivéssemos no pátio do velho educandário ou transitando pelas ruas vizinha ao CPOM, onde colhemos a essência de tantos risos... vejo como se agora visse, o brilho do teu olhar me paquerando da esquina, teu sorriso e as curvas do teu corpo, coberto por uma blusa branca e um calça jeans, forma a composição perfeita de minha inspiração... teus olhos, teu sorriso. tua face, tua boca... são tantas lembranças... momentos... e o meu medo de chegar até a ti prá revelar o segredo que meus olhos confessam a cada instante.
Ah! menina como agora eu sonhava ver-te de azul e branco no pátio da escola... tão menina de alma que de tão pura se mostra nua, no meio da rua!
...
Nossa !!!
Agora correu um calafrio do pé a cabeça, estou preso a visão estática do teu retrato, pendurado na parede interna de minhas memórias... teus olhos verdes me seguem por pensamentos imaginários... enquanto o vento que entra pela janela murmura teu nome! Acabamos de perder nossas inocências! Os campos verdes de nossa infância e juventude amenizavam a luz inclemente do sol e o céu vestia-se de um azul e branco inconfundível, enquanto o vento espalhava nossas sementes e sonhos vividos tão intensamente, que em nós hoje parece nunca ter tido fim. O melhor em tudo isso são as recordações, como provas cabais de que fomos felizes e conscientes de cada instante vivido, na praça, nos jardins da cidade, na beira do rio, nos barzinhos inesquecíveis que fazem parte de tantas histórias de amor... Santa Clara que tantos amores clareou com sua luz santa e o Barquinho Clube...
Nada disso acabou, pois eternamente vive em cada coração na forma de ais, saudade, desejos de ter por um instante o poder de Deus, para voltar o tempo e rever aquele amor que deveria ter sido e não foi; aquele beijo que deveríamos ter dado e negamos e que hoje nós faz sentir que a saudade da amada criatura é mais forte que a presença dela, bem disse o poeta a grande verdade que finda por ser realidade na vida de tantos amores, que preferem a saudade, já que não tendo poder Divino, para retroceder o tempo e corrigir o que de errado fez quebrar todo o encanto.
Continuo diante do espelho do tempo, vendo a minha frente o pátio de terra batida, o rapazes e moças uniformizados embaixo dos flamboyants que insistem em colorir o chão do velho Educandário com suas folhas verdes e o vermelhos forte de suas flores. Olho o horizonte e percebo o tempo tão distante e tão perto, na imagem de minha face refletida no espelho d água ao lado; estou ficando velho, carregando no ombro tantas lembranças felizes. Fui feliz e em nome desta felicidade ainda continuo vivendo minhas emoções; alguns cabelos brancos vejo na foto emoldura, fixada na parede da memória, me diz que todos estamos mais velhos, quem sabe mais melancólicos, e neste mesmo espelho de saudade tanta, vejo teu riso eterno no espelho imaginário refletido; rugas no rosto, cabelos brancos, mas um sorriso incomparável vejo sair daquele retrato, onde a imagem se revessa entre tantos nomes de amigos, amigas, musas e velhas paqueras, namoradas... A vida não foi melhor porque eu não amei o quanto deveria ter amado... Epitáfio dos Titãs completa este parágrafo.
Eu queria tanto, por um instante que fosse, ver-te face a face e admirar-te de perto... correr o risco, mesmo temendo não conter-me ao fascínio do teu corpo tomado da emoção do encontro... não importa a aparência do peso de tantos janeiros, se a alma é pura, se a causa é nobre, queria por um instante ver-te, conversar sobre nós e nossos sonhos perdidos, mas ter uma certeza absoluta de que a vida ti fizera tão feliz quanto eu, pelo que acabamos por construir, família, filhos, netos.
Além daquele retrato que acentua teus olhos castanhos, azul, verdes ou negros, está a imagem de nossas almas puras, eu queria tanto viver aqueles dias que tão longe se vai e matar a saudade tanta do velho educandário... e das ruas em volta do velho CPOM de santa Maria da Vitória!
Alunos do CPOM - Aidê - Flamarion e Marluce no quintal do Santa Clara. Uma fugida e lá estava o Santa Clara no caminho... era castigo certo, entrar num bar uniformizado.
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A Crônica é dedicada aos amigos, amigas, paqueras, de Correntina e Santa Maria da Vitória, em especial a Julia e Fátima Neves.
FOTO 1
(Encontro memorável: Reinaldo de Biu - Iran - Reinaldo, Salustiano (alunos do Colégio Comercial de Santa Ma. da Vitória) - Flamarion - O anfitreão Iôzinho - Guerra Prefeito de Correntina - Diana e na Janela ? Quem? Sta. Maria da Vitória BA -1973)
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Alunos do CPOM - Aidê - Flamariion e Marluce no quintal do Santa Clara. Uma fugida e lá estava o Santa Clara no caminho... era castigo certo, entrar num bar uniformizado.
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A Crônica é dedicada aos amigos, amigas, paqueras, de Correntina e Santa Maria da Vitória, em especial a Julia e Fátima Neves.
COLEGIAIS
Eu sonho em ver outra vez teus olhos de perto, por isso insisto em sonhos lânguidos, que em um segundo me leve ao outro extremo, quando começo a sonhar; o pensamento vai e volta numa velocidade que nem a velocidade da luz acompanha, e acende lá distante, o tempo onde ficou guardado momentos infindos, como se estivéssemos no pátio do velho educandário ou transitando pelas ruas vizinha ao CPOM, onde colhemos a essência de tantos risos... vejo como se agora visse, o brilho do teu olhar me paquerando da esquina, teu sorriso e as curvas do teu corpo, coberto por uma blusa branca e um calça jeans, forma a composição perfeita de minha inspiração... teus olhos, teu sorriso. tua face, tua boca... são tantas lembranças... momentos... e o meu medo de chegar até a ti prá revelar o segredo que meus olhos confessam a cada instante.
Ah! menina como agora eu sonhava ver-te de azul e branco no pátio da escola... tão menina de alma que de tão pura se mostra nua, no meio da rua!
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Nossa !!!
Agora correu um calafrio do pé a cabeça, estou preso a visão estática do teu retrato, pendurado na parede interna de minhas memórias... teus olhos verdes me seguem por pensamentos imaginários... enquanto o vento que entra pela janela murmura teu nome! Acabamos de perder nossas inocências! Os campos verdes de nossa infância e juventude amenizavam a luz inclemente do sol e o céu vestia-se de um azul e branco inconfundível, enquanto o vento espalhava nossas sementes e sonhos vividos tão intensamente, que em nós hoje parece nunca ter tido fim. O melhor em tudo isso são as recordações, como provas cabais de que fomos felizes e conscientes de cada instante vivido, na praça, nos jardins da cidade, na beira do rio, nos barzinhos inesquecíveis que fazem parte de tantas histórias de amor... Santa Clara que tantos amores clareou com sua luz santa e o Barquinho Clube...
Nada disso acabou, pois eternamente vive em cada coração na forma de ais, saudade, desejos de ter por um instante o poder de Deus, para voltar o tempo e rever aquele amor que deveria ter sido e não foi; aquele beijo que deveríamos ter dado e negamos e que hoje nós faz sentir que a saudade da amada criatura é mais forte que a presença dela, bem disse o poeta a grande verdade que finda por ser realidade na vida de tantos amores, que preferem a saudade, já que não tendo poder Divino, para retroceder o tempo e corrigir o que de errado fez quebrar todo o encanto.
Continuo diante do espelho do tempo, vendo a minha frente o pátio de terra batida, o rapazes e moças uniformizados embaixo dos flamboyants que insistem em colorir o chão do velho Educandário com suas folhas verdes e o vermelhos forte de suas flores. Olho o horizonte e percebo o tempo tão distante e tão perto, na imagem de minha face refletida no espelho d água ao lado; estou ficando velho, carregando no ombro tantas lembranças felizes. Fui feliz e em nome desta felicidade ainda continuo vivendo minhas emoções; alguns cabelos brancos vejo na foto emoldura, fixada na parede da memória, me diz que todos estamos mais velhos, quem sabe mais melancólicos, e neste mesmo espelho de saudade tanta, vejo teu riso eterno no espelho imaginário refletido; rugas no rosto, cabelos brancos, mas um sorriso incomparável vejo sair daquele retrato, onde a imagem se revessa entre tantos nomes de amigos, amigas, musas e velhas paqueras, namoradas... A vida não foi melhor porque eu não amei o quanto deveria ter amado... Epitáfio dos Titãs completa este parágrafo.
Eu queria tanto, por um instante que fosse, ver-te face a face e admirar-te de perto... correr o risco, mesmo temendo não conter-me ao fascínio do teu corpo tomado da emoção do encontro... não importa a aparência do peso de tantos janeiros, se a alma é pura, se a causa é nobre, queria por um instante ver-te, conversar sobre nós e nossos sonhos perdidos, mas ter uma certeza absoluta de que a vida ti fizera tão feliz quanto eu, pelo que acabamos por construir, família, filhos, netos.
Além daquele retrato que acentua teus olhos castanhos, azul, verdes ou negros, está a imagem de nossas almas puras, eu queria tanto viver aqueles dias que tão longe se vai e matar a saudade tanta do velho educandário... e das ruas em volta do velho CPOM de santa Maria da Vitória!
Alunos do CPOM - Aidê - Flamarion e Marluce no quintal do Santa Clara. Uma fugida e lá estava o Santa Clara no caminho... era castigo certo, entrar num bar uniformizado.
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A Crônica é dedicada aos amigos, amigas, paqueras, de Correntina e Santa Maria da Vitória, em especial a Julia e Fátima Neves.
FOTO 1
(Encontro memorável: Reinaldo de Biu - Iran - Reinaldo, Salustiano (alunos do Colégio Comercial de Santa Ma. da Vitória) - Flamarion - O anfitreão Iôzinho - Guerra Prefeito de Correntina - Diana e na Janela ? Quem? Sta. Maria da Vitória BA -1973)
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Alunos do CPOM - Aidê - Flamariion e Marluce no quintal do Santa Clara. Uma fugida e lá estava o Santa Clara no caminho... era castigo certo, entrar num bar uniformizado.
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A Crônica é dedicada aos amigos, amigas, paqueras, de Correntina e Santa Maria da Vitória, em especial a Julia e Fátima Neves.