A saudade e os aromas.

A noite cai... Chove,

O silêncio é quebrado,

Por ruídos de pneus,

Pelos pingos que batem na janela

E o som das teclas do PC.

Sinto saudades da Rafinha,

dos meus filhos que estão distante

Sinto falta da Bibizinha

Que hoje esta com seu pai:

São situações que a vida impõe.

Acabei de passar um cafézinho

O aroma gostoso, se espalha pela casa.

Que perfume!Que Delícia!

Cheirinho de infância.

Bateu saudades de minha vovó

Do seu jeitinho, dos seus doces,

Dos caldinhos bem quentinhos

Na caneca branca esmaltada.

Saudades de seu coque que

Desfazia-se numa comprida trança

Que com seus dedos ágeis ela

Desmanchava lentamente

Enquanto contava suas histórias.

E sentávamos aos pés de sua cama

Atenta nos deliciávamos neste ritual

De todas as noites...

Doces momentos,

Gestos simples com o qual

Sentíamos-nos acarinhados

Que eu seja doce como minha avó Flora

Saudades... Doces saudades.

Marilda Corrêa
Enviado por Marilda Corrêa em 12/05/2010
Reeditado em 12/05/2010
Código do texto: T2253368
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