Quando Broxar
Quando eu broxar não escondo
Não tenho como esconder
Meus olhos baços, perdidos
Meu pobre membro caído
Quem há, quem há de querer?
Quando broxar eu entendo
Languidamente entendo
Que a velhice chegou
Só lembranças dos amores
Que no passado ficou.
Quando eu broxar será sina?
Será sina ou castigo?
Voltar a colher as flores
Sentir a essência das cores
E outra vez ser menino?
Olympio Ramos
Cabo Frio, 05 abril 2010