Quando a saudade me veste...
Essa saudade, que escorre dos meus olhos, às vezes,
que passa pelos meus lábios e que novamente, engulo,
tem a idade longa de muitos meses,
e conhece o meu corpo como ninguém.
Não está presente somente nos dias, quem dera,
mas nas noites não vai embora,
faz sua cama em longa espera,
como se aquecesse a espera de alguém.
Essa saudade tem fios de seda, que desliza,
sobre a minha pele faz morada,
e em silêncio, sentimentos sinaliza,
como se eu desse permissão.
Me veste por sob a roupa, insinuante,
e dona do espaço que abraça,
provoca dores lancinantes,
na memória de um coração...