POETA - BREVE PASSAGEM

Estava bem longe da poesia,

Não imaginava que cantaria,

Com toda facilidade e felicidade,

Como acontece todos os dias.

Maluquinho beleza, na minha vida surgiu,

Foi certeiro com a flecha e logo sumiu,

Num passe de mágica despertou a poesia adormecida,

Não quis esperar, a minha alma cantar,

Ela quis lhe alcançar e não conseguiu.

Minha alma canta e chora de saudade...

Visitante, foi breve na minha vida,

É ferida que sangra, não quer cessar,

É falta, difícil de suportar.

Tenho viva a sua vóz na minha memória,

Amizade terna, fecunda e forte.

Insuportável saudade profunda,

Aliança abençoada, para além da morte.

Com saudades canto esses versos,

Não sei se podem lhe alcançar,

Apenas queria lhe dizer: Obrigada!

Por minha alma libertar.

Tua simplicidade é de uma flôr do campo,

A sensibilidade da flôr mais frágil que lá existe,

Não conheci em outro lugar.

Poeta tão lindo assim... Ah! Estou triste!

Esplêndido, espírito altaneiro,

Mas... Partiu, não revelou o paradeiro.

Espero um dia, poder encontrar,

Se não for aqui no recanto,

Que seja em outro lugar.

Simples e sincera homenagem e agradecimento ao poeta Aldo Urruth, que estejas bem onde estiver junto da família. Que Deus o Ilumine e volta a escrever. Abraço meu amigo.

NATIVA
Enviado por NATIVA em 15/02/2010
Reeditado em 20/03/2010
Código do texto: T2089019
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