MINHA CANÇÃO DO EXÍLIO
Eis aquí a minha canção do exílio...
A vida toda fui exilada
De uma terra e de um sonho
Que ainda não viví nesta vida
Quem me dera ao menos uma vez
Ter uma oportunidade de levar meus projetos adiante
Sei que o que vivo hoje é estratégia do universo para me mover
Sei que é neste fundo do poço que encontro água...
Água... a fonte divina da luz material...
Quem me dera poder de uma só vez
Ser livre para os meus verdadeiros sonhos
Ser livre para batalhar por mim
Sem me preocupar com os outros
Deve ser muito bom voar
Eu mesma me sustentar
Quem me dera ao menos uma vez
Apreciar o belo ar noturno e não sentir medo
Andar pelas ruas livremente
Até ver o sol nascer
Quem me dera ao menos uma vez
Viver a minha arte com mais coragem
Viver a minha coragem com muito mais arte
Viver de verdade sem me doar a uma pressão que me escraviza
Que me enjaula e que me cega e me acomoda
Viver de verdade é voar sem ter azas
É voar apenas com a pureza humana
Viver de verdade é encontrar meus versos
E nunca mais perdê-los
Viver é morrer e renascer a todo instante
Diante de meus prantos ocultos
Que envergonham e prendem minha coragem
Ainda assim... Respinda um pouco de arte...
Um pouco desta arte exilada...
04/11/2009