PERSISTÊNCIA DE UM CORAÇÃO DORIDO! 
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Tento insistentemente não invadir a sua individualidade, mas, confesso-te não conseguir me conter em face daquilo que existe pulsando aqui dentro deste coração um tanto machucado, mas que persiste em merecer a atenção e, quem sabe, o amor!
 
Lamento profundamente o desencontro pessoal e o medo que causa a tristeza e este profundo vazio... buscas insanas, mas que não irão possibilitar o verdadeiro encontro em face dele não estar existindo dentro do peito!
 
O mundo não nos oferece lá de fora o que está perdido dentro de nós.
 
Sei que não posso interferir em fatos alheios a mim, mas mereço atenção naqueles adstritos ao meu mundo, principalmente, quando estou misturado nesta ansiedade e neste sentimento confuso de querer e de abandono.
 
Arrastamos a vida brincando com os nossos sentimentos e, pior, presos àquilo que não conseguimos realizar, ou melhor, repletos de passado e de futuro, mas, tristemente, sem o presente.
 
O presente é o agora. Ruim com ele!... pior sem ele.
 
Não lhe importunarei mais na busca de tentar dar carinho e proteção... entendo e posso ver que não devemos nos entregar para quem não está pronta para o amor e para a caminhada nesta vida sem esse detalhamento que insisto fazer.
 
Gostaria muito de poder abrir os olhos para um tanto de coisas que acontecem ao nosso redor, mas que o medo, muitas vezes, não permite ver e, pior, não nos permite sentir.
 
Não pretendo ser a referência para as suas desditas e, tampouco, o apoio visto como bengala para transpor o impossível!
 
Ninguém estará disposto a viver de migalhas e pequenos restos de satisfação... tudo isso é muito pouco para a harmonia e para a decência de nossas almas!
 
Enfim, sem a ironia no entendimento das minhas letras... siga a sua vida, mas não deixe de acenar um resto de alegria quando sair por aquela porta... porta do mundo!
 
Não deixe de se lembrar que a vida é constituída de acenos, gestos, letras, palavras e frases... História. Pena que nem sempre colocamos os acentos certos nas palavras certas e os assentos nos endereços certos!
 
Devemos ser felizes do nosso jeito.
 
Tento apreender todos os ensinamentos existentes sobre alegria, amor, entrega, amizade, respeito e, sobretudo, responsabilidade, pois somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos e damos, mas não olvido a assertiva de que ninguém dá o que não tem, ou completando, quem nada tem nada pode dar!
 
Podemos estar repletos de problemas, mas não devemos preferir sair em busca do improvável e do irrealizável e, tampouco, preferir as entregas numa distancia inatingível alimentando um passado que não nos possibilita acordar para a vida!
 
©Balsa Melo
17.12.09
Brasília – DF
BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 17/12/2009
Reeditado em 17/12/2009
Código do texto: T1982915
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