O FIM DA RUA

A rua caminha em direção dos homens
e até onde vai a rua ?
até onde vão os homens ?
que se tornam político prá perder a honra !

A rua se alonga na direção da vida
mas a ruas acabam nas rampas dos palácios
enquanto os homens continuam seus pesadelos
em busca da vida
expostas nas manchetes sensacionalistas
que não mais sensibilizam o ser.

O homem procura uma esquina
para meditar sua vida ...
mas Brasília não tem esquinas !
só rampas que se decinclinam diante da vida
impura
mascaras... purpurina...
em um circo  armado no centro do Planalto Central
onde uma multidão empoleirada nas bancadas
assiste o espetáculo deprimente
sem ação... passivos vêm a vida passar!
tudo sempre igual.

No fim daquela rua é que se dissolve a ética
e se lava em água suja a honra que se esvai
dentro das almas frias
num Congresso morto, num palácio de podre moral!!.

" Homens com tanto poder e nenhum coração
gente que compra e que vende
a moral da nação
Brasil olha prá cima"   (J.Alexandre)

Até quando teus filhos hão de fugir a luta
BRASIL?... 

Excelentíssimo e honoráveis  bandidos editam as leis
brincam de ser Deus diante de um povo omisso...!

e o  Rei nada sabe, nada vê, nada ouve!
enquanto a Nação navega do caos de desorra...

a polícia perde a honra?
a política perde a ética!
e o povo na esperança perdida torna-se cúmplice
no sinistro silêncio das ruas!

As ruas se alongam por vias subterrâneas
sub-mundo
dos ratos que se gladeiam pelo Poder
o povo padece nas filas do SUS.o
 futuro se compromete na ausencia de escolas!!!..

Enquanto meninos sem idade de deixar de ser menino
empunham armas, consomem drogas matam e roubam
pelas ruas vigiada
o caos
o desencanto
a violencia ...

Tudo se sabe e nada se faz
as leis distorcem os valores
e todos no auge da vida perdem a fé.

A esperança morre na praça do triple poder...

Loucos são os que tentam resgatar as almas perdidas
na introspectiva partilha de sentimentos.
Para eles Deus é apenas um vocativo de exclamação...
Porque o vasto mundo não rima mais com Raimundo
mas com imundo mundo, imundo mundo!

Todos reclamam, mas as ruas estão nuas, vazias
a Esplanada ociosa, calada..
a honra morreu sobre o tablado do palanque
antes do último pleito !

Os sonhos morreram no fim daquela rua!

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Do mirante da Torre de Televisão de Brasília eu ví o fim desta rua.
Flamarion Costa
Enviado por Flamarion Costa em 27/11/2009
Reeditado em 16/07/2013
Código do texto: T1946243
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