426) Onde andas?
Onde andará
Nobre cavalheiro
Que ao falar
Me lia por
Inteiro.
Arrebatou meus
Pensamentos
Envolvendo-os
Como em teias,
Suscitando-me
O íntimo
E mergulhando
No meu eu
Desvendando
Os instintos,
Antes apenas meus.
Trazendo à tona
Meus mistérios
Calando o som
De minha voz.
Atando meus desejos
Como se fossem nós.
Foste ao romper da aurora
Sem cotovias
A cantar.
Será que
O verei novamente
Em meio a
Poemas e a rimar?
Desejo ver-te
Tão logo,
Nobre cavalheiro
Galante.
Me digas
Por onde andas
E te serei
Amada amante!