Amanhã
Um dia,
Ah, sim.
Se houve um tempo em que a Nasa brincou de floresta e seus automóveis vagaram pelo oceano, duvido de tudo.
Hoje, ouve-se a sirene e os alarmes de terremotos construídos cotidianamente aí fora.
Do lado de lá da janela não há maior ruído do que aqui dentro. Os montes revelam respingos, as praças melodia, os dedos solidão.
Basta um instante no ar. Basta um detalhe-frisson. Nossos medos, novos.
Basta o silêncio calar. A sede, a boca, a voz. Novos medos, nossos.
Daqui um tempo, já me esqueci das promessas, das juras, do amor.
Há um segundo: Teus olhos.
Há um minuto: Tua palavra.
Há um dia: Teu retrato
Há um mês: Tua memória
Há uma ano: Teu adeus.
A quantas anda teu sorriso, em mim.