Dor danada...
Você não imagina,
Menina traquina
O que me contamina
O que vem e espreita
Será que respeita?
Vai ver faz desfeita
Talvez nem suspeite
Sem ter a menor noção
Ou uma leve compaixão
Dessa eterna solidão
Que é chegar lá do sertão
Com a sacola e o violão
E não encontrar você neste chão
Ver o nosso ninho de amor vazio
Os passarinhos nem soltam pio
Aí... A dor explode em erupção
E vejo que não há outra solução
Para preencher o meu coração
Só você! Com você! Em você!
Afinarei a emoção com a razão
Além disso, e fora isso
Tudo mais é precipício
Ou o vício do malefício
Para parar no hospício
Que disfarço entre risos
Tristes e nervosos
Então... Venha logo!
Senão eu me afogo
Nas lágrimas da saudade
Escorridas rompendo bigode
E que salgam a minha boca!
Nesta tua ausência louca...
Hildebrando Menezes