O CHEIRO DO BREJO
O CHEIRO DO BREJO
O cheiro podre do brejo
Conduz-me de volta ao passado
À minha saudosa infância
Correndo entre as vazantes
No seu terreno alagado
Com meu grito de travessura
Silenciando a passarada
Reunidos em sua orla
Na bela orquestra ecológica
Numa sinfonia em cantada
Silenciados por alguns segundos
Recomeçavam um aqui outro ali
Numa estratégia o pássaro preto
Na outra...
Melros, coleiras e bem-te-vi
E ao cair da noite
Gritava no distante cerrado
O urutau de goela suja
Em coro com o coaxar de rãs
E o triste piar... Das corujas!