Infância

Infância de brincadeira,

de bola e peteca,

onde não tinha menina,

pra não ter problema,

mas também não era solução,

porque não havia o corpo da paixão.

Infância bem dita,

talvez, em determinados momentos,

mal dita,

mas foi assim,

correndo, e pulando,

fazendo amigos e lembrança

não é ressentimento,

mas sim complemento.

e esperança.

Brincadeiras de todos os tipos,

do papagaio, à bola,

eu não era bom, mas jogava,

enrolava,

mas ganhava.

Brincava,

sorria,

voltava pra casa cansado,

dormia aliviado.

Assim, era o dia, todo dia,

bem curtido, sem trabalho,

sem conta, sem dinheiro,

mas com alegria.

Ruim era quando papai parava,

dizia: "vamos pra casa",

e tínhamos que parar,

mas era bom, porque já tinha sido,

o de se alegrar.

A Lei do pai, eu reclamava,

hoje, infelizmente lamento,

mas é bom, porque assim,

houve discernimento.

Consciência eu não sei,

isso é coisa de negação,

bom mesmo, era a sabedoria,

da população.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 11/09/2009
Código do texto: T1805330
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