REBENQUE DA SAUDADE

Boi,
Boiada,

Já não se vê mais
Uma boiada sendo tocada.

Já não se ouve mais
O toque de um berrante,

Já não se vê mais
Uma vara de ferrão na mão,

Já não se ouve mais
O eco do grito de um peão.

Boi,
Boiada,

Só se vê
O caminhão pegando a estrada.

Só se ouve
O peão chorando as mágoas

Saudade dos velhos tempos
Dos gritos que ecoavam

Ei boi...
Ei boiada...

Só se vê
A traia toda pendurada

Sela, laço, perneira,
Guaiaca empoeirada.

Só se ouve
Os casos sendo contados...

Boiadas que foram tocadas
Barretos, Ituitaba, Sorocaba...

Ei boi...
Ei boiada...


*Poema Publicado no livro POETAS EN/CENA 3,Lançado em 2009 no, V BELO POÉTICO- Em Belo Horizonte, M.G.E gravado no C.D OBRAS DOS POETAS BONFINOPOLITANOS, NUNES DE SOUZA E SEBASTIÃO DE MELLO, lançado no dia 26 de junho de2014.

IMAGEM:caipiradigitalizado.blogspot.com