AMANHECER EM SANTA MARIA...
O remador parece triste como eu!
Não somos mais quem antes éramos
na dor o amor nos ensinou como se deve viver!
O barranqueiro remador resiste viver de saudade
e lança o anzol no vazio das águas
incansavelmente conta as mesmas estórias
ao menino que imagina tudo que um dia foi
e ele vive a saudade sem ter vivido a velha cidade...
A cada dia o rio some leito adentro, esvazia o cais
e longe se vão os dias em que nele navegavam
vapores, barcaças e no cais repleto de sonhos
que iam e vinham, rio abaixo, rio acima...
Tudo agora é triste como eu!
só o colorido do jardim sua fauna estática
e flora bailando no ritmo do vento quente...
Não vejo mais a lua do alto da capelinha
o rio é um fio de lembrança azul...
as ruas, o céu tudo é triste como meus olhos
que choram este triste fim.
O mundo nem parece que acabou
pois muitos caminham insensível debaixo de um sol inclemente
e não perceberem a degradação do rio!!
Viver e amar foi ontem, hoje o verbo é ficar!
Parece que ninguém mais sabe sonhar!
Passa em silencioso pranto o rio corrente
fraco, cansado como um velho doente que pede ajuda
sem que ninguém escute seu grito mudo...
só os poetas versejam a dor a saudades, mas que é que gosta de poesias?
Chora Esmeraldas, Carmelitas e a Nega Filó!
“pois tudo valeu a pena”, na alma não era pequena!
A praça ficou linda, mas vazia de sentimentos
o perfume esvaiu-se no ar e do rio exala triste odor
o rio apodreceu! Os peixes morreram, a vida acabou!
- Meu Deus! Meu Deus! O que foi que fizeram
com o rio de Santa Maria ?
Dez /2000
Amanheceu em Santa Maria da VitóriaO remador parece triste como eu!
Não somos mais quem antes éramos
na dor o amor nos ensinou como se deve viver!
O barranqueiro remador resiste viver de saudade
e lança o anzol no vazio das águas
incansavelmente conta as mesmas estórias
ao menino que imagina tudo que um dia foi
e ele vive a saudade sem ter vivido a velha cidade...
A cada dia o rio some leito adentro, esvazia o cais
e longe se vão os dias em que nele navegavam
vapores, barcaças e no cais repleto de sonhos
que iam e vinham, rio abaixo, rio acima...
Tudo agora é triste como eu!
só o colorido do jardim sua fauna estática
e flora bailando no ritmo do vento quente...
Não vejo mais a lua do alto da capelinha
o rio é um fio de lembrança azul...
as ruas, o céu tudo é triste como meus olhos
que choram este triste fim.
O mundo nem parece que acabou
pois muitos caminham insensível debaixo de um sol inclemente
e não perceberem a degradação do rio!!
Viver e amar foi ontem, hoje o verbo é ficar!
Parece que ninguém mais sabe sonhar!
Passa em silencioso pranto o rio corrente
fraco, cansado como um velho doente que pede ajuda
sem que ninguém escute seu grito mudo...
só os poetas versejam a dor a saudades, mas que é que gosta de poesias?
Chora Esmeraldas, Carmelitas e a Nega Filó!
“pois tudo valeu a pena”, na alma não era pequena!
A praça ficou linda, mas vazia de sentimentos
o perfume esvaiu-se no ar e do rio exala triste odor
o rio apodreceu! Os peixes morreram, a vida acabou!
- Meu Deus! Meu Deus! O que foi que fizeram
com o rio de Santa Maria ?