Resgate de um poema
Resgate de um poema
Esta velha poesia
Escrita em tempos idos
Não sei se foi por meu pai
Ou se foi por um velho amigo.
Sei que esta poesia perdida
Estava lá num canto jogada
Em uma folha de caderno
Amarelada pelo tempo
Que ali ficou abandonada
Juntei com muito carinho.
Aquela velha folha rasgada.
Pedacinho, a pedacinho colei.
Frases e palavras resgatei
Hoje, eu a reescrevo e posto.
Esta poesia, a, muito esquecida.
Meu filho
Hoje eu choro de alegria
Por ver que estás voltando
Sei que irás chorar também
Quando sentires meus braços
Teu corpo suave enlaçando
Enxugarei tuas lagrimas,
Com beijos e muito carinho
Não quero mais ver tristeza
Em teu rosto apenas a beleza
Que marcava este rostinho
De menino quando partiu
Para defender tua pátria
Numa guerra que não era tua
Mas te ordenaram e tu fostes
Defender nossa honra, lá na Itália.
Deus foi generoso comigo
Devolvendo meu filho adorado
Atendendo minhas preces
Hoje esta mãe lhe agradece
OBRIGADO...
Meu Senhor, meu pai amado.
Eu não sei o que tem de verdade neste velho poema,
mas de uma coisa eu sei que muitos pais ainda choram a morte de filhos, como, tem filhos que choram a morte
dos pais, perdidos em guerras produzidas pelo egoísmo
de certos homens que se autodenominam. senhores do mundo?
Em nome de uma paz que eles não querem, pois a paz,
não alimenta esta ganância que os consomem,
Querendo, serem deuses na terra do Senhor!
Volnei R. Braga
Pelotas: 17 /04/2006