SAUDADE

Faço assim minha saudade,

Quando o peito, em pranto,

Deseja explodir

E minh'alma explode,

Sedenta de ti.

Escolho as flores a sorrir.

Empresta-me o riso uma flor.

Nada me encanta, mas o seu sorriso,

gratuito, permanente, quase infinito,

Consegue acalmar a minha dor.

Que gira, que rola

E que encontra, perante a vida,

mais do que saudade,

Lembranças de nós dois.

Otelice Soares
Enviado por Otelice Soares em 25/01/2009
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