TU

(Sócrates Di Lima)

Fostes para mim como liríadas,

Vestistes o manto lirial.,

Banhastes-me com o sorriso dos teus olhos,

Falaste-me do amor no esplendor da lira.,

E calaste-me do mesmo amor com o furor do silêncio,

E das canções emudecidas.

Quisera poder te esquecer de repente!

Quisera não luzir-te de estrela.,

Não adorar-te no horizonte,

Na calada prenunciação.

Quisera ter apenas sonhos,

Sem que os viva na primavera,

Ou que a qualquer hora volte ao meu convívio.

Ah! Hoje sei que os teus pensamentos não me pertencem.

Sei que não pertenço aos teus dias,

Não fui escrito nas tuas páginas de vida.

Quisera deixar de sentir este amor indômito,

Que me rasga as entranhas e me deixa a mercê da sorte.

O que eu bem queria, é olhar além dos meus olhos,

E não chorar pelos teus que se perderam numa curva qualquer da minha tristeza.

Nem mesmo lembrar que no colo meu deixastes saudades.,

Nem ouvir as canções de fazer amor.

Tu me ensinaste a renascer e amar,

Mas, fostes e esqueceste-me.,

Tu vives fora da minha alma,

Mas, sei que estás por ai,

Em qualquer canto do meu coração inoperante.

Na verdade, tu partiste, mas não foste embora,

Fazendo com que a saudade me seja constante.

(Em 14/01/2007-Registrada)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/01/2009
Reeditado em 14/11/2010
Código do texto: T1384273
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