Choro da Alma
Naquele velho banco do parque
Na sombra de uma paineira
Enquanto ali eu descansava
Observava os passarinhos
Vi um Bem-te-vi ciumento
Com o João de Barro brigar
Um velho Sabiá feliz que cantava
Pra alegrar seus filhotinhos
A esposa do João de Barro
Lá da porta de sua casinha
Ralhava com os dois brigões
Enquanto amamentava seu filhinho
Sentado em outro banco um Senhor
Para os Pombos jogava pipocas
Um cego que passeava tranqüilo
Uma melodia assobiava baixinho.
Não sei por que uma lagrima
De repente dos meus olhos rolou
Desceu molhando o meu rosto
No meu peito foi desaguar
Despertando em mim a saudade
Que a muito estava guardada
A tristeza invadiu minha alma
Que não resistiu e se pos a chorar
O cego ouvindo minha alma chorar
Deixou de assobiar a sua melodia
Colocou um lenço em minhas mãos
Dizendo-me, enxugue sua lagrima.
Eu sei por que você esta chorando
Assim como você, um dia eu chorei,
Ao sentirmos saudades nós choramos
Porque chorar faz parte de nossa alma!
O Senhor que alimentava os Pombos
Acabou sentando ali a meu lado
Com poucas palavras ele foi dizendo
Eu sei a razão de todo seu pranto
Este parque tem a, magia das Fadas.
As recordações que você lembra agora
É a inspiração... E a magia do poeta.
E a prosa... E poesia e o seu canto!
Balneário dos Prazeres: 09 / 11 /2008