ESPALHANDO PELO CHÃO...

Jornais, noticias do dia de ontem.

Fotos coloridas e em preto e branco,

Tudo pra chamar a sua atenção.

Pétalas de rosas borrifadas com lagrimas de saudade.

Sei que este é o seu caminho.

Nem que você mude de trajeto,

Irão te falar do que encontraram,

É inútil tentar disfarçar.

Se precisar, vou fabricar noticias novas,

Vou jogar pó branco no chão,

Pra você identificar minhas digitais,

E o vento jogará nos teus olhos,

Um pouco de mim, da minha saudade.

Soluços em quais tropeço,

Será um aviso no teu caminho,

Nem sombras de nuvens,

Irão maltratar os seus olhos na visão da rua.

A poeira do tempo será inútil,

Para enterrar essas lembranças.

Nas paredes da caverna,

Ficara gravado o meu lamento,

E civilizações futuras,

Farão estudos dessa historia.

Pegadas no solo são eternas,

Assim como o tempo,

Que insiste ficar invisível,

Para disfarçar as feridas.

Ontem mesmo vi você...

Sem chamar a atenção,

Olhando esses restos espalhados.

Talvez na busca de algo que perdeu.

Posso ate dizer que identifiquei uma lagrima,

Mas ela é sua...

A minha parte é fazer propaganda,

Espalhar-se pelo chão para colori-lo,

Para mudar as noticias de ontem.

Hoje talvez os jornais possam ser mais autênticos,

E mostrem uma nova historia,

Sem clichês alardeados.

Di Camargo,, 08/10/2008

Di Camargo
Enviado por Di Camargo em 08/10/2008
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