LÉGUAS DE SAUDADE....
Mote de Raphael Poeta
A CADA LÉGUA QUE ANDO.
SINTO DUAS DE SAUDADE.
Nasci aqui no sertão
Da caatinga do facheiro
Tinha luz de candeeiro
O meu cavalo alazão
Que corria no mourão
A raça de qualidade
Um animal de verdade
Que só vivia ganhando
A CADA LÉGUA QUE ANDO
SINTO DUAS DE SAUDADE.
Guardo na minha lembrança
Os meus tempos de menino
De quando era traquino
Fazendo muita lambança
Eu era muito criança
Não entendia a verdade
Quando veio a mocidade
Eu fui logo desarnando
A CADA LÉGUA QUE ANDO
SINTO DUAS DE SAUDADE
Eu lembro da minha terra
Com um orgulho imenso
E muitas vezes eu penso
Quando subia a serra
Parecia uma guerra
No meio da claridade
A gente sem vaidade
Ficava logo pensando
A CADA LÉGUA QUE ANDO
SINTO DUAS DE SAUDADE....
Glosas: Hugo Araujo...25/08/2008.
DA POEIRA DA ESTRADA/
JÁ ESTOU COM OS PÉS CALEJADOS/
TAMBÉM JÁ SINTO OS ENFADOS/
DESSA LONGA CAMINHADA/
QUE AO TERMINAR A JORNADA/
SE ACABE TODA MALDADE/
E ESTEJA A FELICIDADE/
EM ALGUM LUGAR ME ESPERANDO/
A CADA LÉGUA QUE ANDO/
SINTO DUAS DE SAUDADE
Poeta Carlos Aires respostando.....26/08/2008