Saudades de você
Meu olhar repousa no horizonte,
Onde em tempos distantes o amor fazia estripulias.
Posso ouvir o riso anexado no último raio de sol.
É possível medir a lacuna que ficou no arco-íris.
E quando chega a tardinha, sito uma dorzinha no peito.
Uma saudade inóspita, insípida, inodora e descolorida.
Os raios de lua virão de forma ímpar,
O que me levará perder no bem-me-quer/mal-me-quer.
Um suspiro desobediente solta-se do meu íntimo,
Sai assim, desiludido, acanhado, sofrido.
Ai amor, estou tão sem graça sem você!
Cadê o pássaro que vinha visitar minha janela?
O beija-flor que sorvia dos meus lábios o sabor?
Cadê meu poeta? O homem que me devolveu o amor?
Uma lágrima sai marcando caminho em meu rosto,
por onde passa logo passarão outras tantas.
Esta saudade está me aniquilando,
Me deixando em plena agonia.
Ouça, eu amo você.
Volta logo para mim, meu amado.
Sou flor nascida à margem do rio,
Sem você meu mudo está vazio e frio.
Saudades me fazem sofrer,
Saudades, saudades de você.