Saudade

Um aperto de repente

Dor que a alma afaga

Sinto assim tão friamente

Uma dor que não se apaga.

Me aflige o viver

Se constrói imensa dor

Faz-se assim o meu sofrer

A sua falta de amor.

Seu silêncio me acalenta

Sua falta faz presente

Uma dor que só aumenta

Sempre assim tão insistente.

Se a distância nos separa

Sempre assim intolerante

Só teu amor a mim ampara

Me fazendo radiante.

Tão cruel é a saudade

Que do amar faz o sofrer

Me privando a liberdade

De feliz poder viver.

Tão torpe é a saudade

Que constrói o meu sofrer

Vai arrancando-me a vontade

De por ti ainda viver.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 14/07/2008
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